Jéssica

domingo, 22 de março de 2015

NOTAS SOBRE CASAS, MUROS, REFORMAS E ESPERAS

Olha só, passei aqui na (tua) frente 
e eu vi o quanto tua casa (tu) é(s) bela.
Embora eu saiba que ai dentro tá escuro,
eu queria poder te espionar por uma fresta,
quem sabe até pular as janelas.
Por isso, que tal quebrar os muros, me deixar entrar, 
pra gente ligar todas as luzes, conseguir arrumar?
Daí depois pintamos as paredes, 
faremos uma bonita decoração, 
podemos fazer um jardim, 
onde plantaríamos flores de todos os tipos, cores, tamanhos...
Podemos também trocar as coisas de lugar, 
jogar fora o que não precisa mais.
As coisas boas, a gente pode reciclar, 
dar nova cara, reaproveitar.
Olha, eu sei que a casa está bagunçada e que talvez 
seja por isso que não me queiras convidar,
sei que esse plano é ousado,
é difícil acreditar pra querer embarcar.
Te propus quebrar muros, pois você me ajudaria e eu te ajudo, 
pra construir e reconstruir tudo. Contigo, junto.
E te peço desculpas se ideias eu tenha vindo dar sem te consultar.
E em um momento de sanidade, espera, deixa eu reformular.
Assim, vou apenas tocar a campainha, ficar aqui do lado de fora,
cheguei depressa, atropelei as horas
e entendo tua vontade (ou necessidade) de se resguardar.
Então vai, eu compreenderei se não houver convite.
Vai, eu não quero ultrapassar os teus limites, 
por isso, daqui, quieta eu posso esperar.
E ai talvez tenhamos que inverter os quadros, 
talvez os muros só depois tenham que ser quebrados,
talvez tu tenhas que se arrumar por dentro primeiro, 
pra depois querer alguém ao teu lado.

J. Juliana

NOTAS SOBRE CASAS, MUROS, REFORMAS E ESPERAS

Olha só, passei aqui na (tua) frente 
e eu vi o quanto tua casa (tu) é(s) bela.
Embora eu saiba que ai dentro tá escuro,
eu queria poder te espionar por uma fresta,
quem sabe até pular as janelas.
Por isso, que tal quebrar os muros, me deixar entrar, 
pra gente ligar todas as luzes, conseguir arrumar?
Daí depois pintamos as paredes, 
faremos uma bonita decoração, 
podemos fazer um jardim, 
onde plantaríamos flores de todos os tipos, cores, tamanhos...
Podemos também trocar as coisas de lugar, 
jogar fora o que não precisa mais.
As coisas boas, a gente pode reciclar, 
dar nova cara, reaproveitar.
Olha, eu sei que a casa está bagunçada e que talvez 
seja por isso que não me queiras convidar,
sei que esse plano é ousado,
é difícil acreditar pra querer embarcar.
Te propus quebrar muros, pois você me ajudaria e eu te ajudo, 
pra construir e reconstruir tudo. Contigo, junto.
E te peço desculpas se ideias eu tenha vindo dar sem te consultar.
E em um momento de sanidade, espera, deixa eu reformular.
Assim, vou apenas tocar a campainha, ficar aqui do lado de fora,
cheguei depressa, atropelei as horas
e entendo tua vontade (ou necessidade) de se resguardar.
Então vai, eu compreenderei se não houver convite.
Vai, eu não quero ultrapassar os teus limites, 
por isso, daqui, quieta eu posso esperar.
E ai talvez tenhamos que inverter os quadros, 
talvez os muros só depois tenham que ser quebrados,
talvez tu tenhas que se arrumar por dentro primeiro, 
pra depois querer alguém ao teu lado.

J. Juliana

domingo, 6 de julho de 2014

"Tu és um poema, pequena. Tu és as linhas mais bonitas que eu escreveria... As palavras que nunca voltariam vazias. Tu és a tinta que eu usaria pra pintar a alegria, a fantasia, o desejo e a calmaria... Tu és as palavras que cabem no peito, Que me deixam sem jeito, Que ultrapassa o dever e o direito. És os rascunhos de uma história que é minha Que não passa, é agonia. És os versos que eu fiz numa manhã de domingo, Onde pássaros cantarolavam e me deixavam sorrindo. És as canções que também te fiz, É hoje meu motivo de sorrir..."

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Mente quem diz que é feliz sozinho...



A solidão já está dando para se notar... Quando ela não se aguenta, escorre pelos olhos, se transformam nestas linhas, lateja no coração e eu sinto saudades. Saudades do que eu nunca tive, ou do que eu tive medo de querer por ainda não me sentir completa, por ainda achar que aquela não era a hora...
E as horas passam, os dias passam, as pessoas passam e eu permaneço... Estática, parada no mesmo lugar, rodeada pelos mesmos fantasmas, entorpecida pelas mesmas dores, enganada pelos mesmos solítários diálogos tentando encontrar em uma potinha de esperança possível uma saída ou nem que seja mesmo um antídoto para o veneno que eu mesma me implantei. Tenho a necessidade de libertação, de desprender das correntes, cortas os laços... Comigo mesma, com as pessoas, com o mundo. Voltar a ser eu. 
E quem sou eu? O que eu busco? Do que eu fujo? O que eu quero dizer? 
Se as respostas para todas as nossas angústias e medos estão dentro de nós mesmos, como se faz para entrar dentro da gente?

J. Juliana

sábado, 11 de agosto de 2012

O que os olhos viram, o coração ainda sente...



Meus olhos foram ao teu encontro assim que você entrou por aquele portão. Até então, eras um mero desocnhecido, mas por teimosia, curiosidade, até mesmo inocência, eles insistiram em te acompanhar, desde tua chegada até tua ida, tua primeira ida... 
Foi a partir daí que tudo passou a ser sem sentido, nada mais se encaixou, tudo perdeu o lugar, passaste a ser o meu sentido. 
Você me descompassou; me animou; encantou, me desperdiçou; me quis, desquis e minha vida foi sendo regada por este descompasso que surgiu daquele, daquele único olhar.
Foi o que bastou para noites em claro, planos traçados, procuras desenfreadas, buscas inacabadas, telefonemas esperados, beijos desesperados, dias nublados, lágrimas que caíram, horizontes que se abriram, sonhos fracassados.
E eu fico me perguntando como eu estaria, como minha vida seria, o que hoje você significaria se a aprtir daquele instante o meu olhar para você eu não tivesse direcionado...

J. Juliana